segunda-feira, 9 de abril de 2018

Os primórdios da transferência


O texto A dinâmica da transferência [1912], foi escrito pouco depois de uma viagem de Freud aos Estados Unidos, quando proferiu as famosas Cinco lições de psicanálise, em um momento no qual ele tentava a popularização da Psicanálise no mundo, inclusive com a criação da IPA – Associação Internacional da Psicanálise – tendo como primeiro presidente Carl Gustav Jung.
Freud vê então a necessidade de formalizar de alguma forma a Psicanálise e decide fazer uma coletânea de artigos que receberá o nome de Artigos sobre técnica. O texto pelo qual iniciamos nossa leitura (A dinâmica da transferência) se encontra entre esses artigos, apesar de ser um artigo teórico.
Tal texto se inicia definindo a transferência como algo necessário para o tratamento psicanalítico e em seguida trata dos primórdios do que poderemos mais adiante chamar de transferência. Neste início, na própria constituição do indivíduo, há disposições inatas e algumas influências que o mesmo sofre em sua infância.
Temos algo do instintual (e aqui é instinto mesmo) que, junto com as influências que recebemos na infância vai dizer sobre nosso modo de amar, e esse modo de amar desembocará então em pré-condições a serem preenchidas; quais pulsões serão satisfeitas enquanto eu estiver amando, ou seja, o que que se descola do instinto que eu preciso satisfazer; e também quais as metas dessas pulsões.
É imprescindível que tenhamos aprendido um modo de amar para estabelecermos uma relação com nosso analista. É justamente desse primeiro momento, deste protótipo de vida erótica que iremos nos lançar em nossas relações, inclusive a analítica. 






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