Quando o conceito de Pulsão é estudado,
há a aparição de alguns termos que precisam ser tomados para que haja um maior
entendimento e os estudos caminhem; esses termos são: pressão, finalidade,
objeto e fonte.
A pressão [Drang] de uma pulsão pode ser considerada como toda a quantidade de
energia que ela exige, o trabalho que essa pulsão representa. A pressão é
característica de todas as pulsões e podemos dizer que a essência da pulsão é
exercer essa pressão. Como alternativas para a tradução do termo Drang, encontramos em outras versões impulso e perentoriedade.
Já a finalidade [Ziel], de toda e qualquer pulsão pode ser considerada como a
satisfação, que será atingida quando a estimulação na fonte da pulsão for
suspensa. Por outro lado, considerando também que a pulsão é uma força constante,
talvez seja melhor pensarmos a satisfação mais no sentido de apaziguamento da
pulsão do que no de eliminação. Para o termo Ziel, encontramos ainda as traduções por meta e fim.
O objeto [Objekt] de uma pulsão, é entendido como o meio que a pulsão usará
para atingir a sua finalidade (satisfação). O objeto é o que mais varia em uma
pulsão, ele depende, além da pulsão, da forma que ela será apaziguada; sendo
possível que um mesmo objeto possa ser utilizado por pulsões diferentes para
alcançar essa meta (satisfação). O objeto pode, ou não, ser algo incomum, visto
que “pode ser modificado quantas vezes for necessário no decorrer dos destinos
que a pulsão sofre durante sua existência” (Freud, 1915/1996, p.128). Não há
distintas traduções para este termo.
Por fonte [Quelle] de uma pulsão, caracterizamos todo o processo somático que
acontece no corpo ou parte dele, sendo este estímulo na vida anímica
representado através de uma pulsão. Também não há distintas traduções para este
termo.
Por fim, Freud diz que as pulsões são
qualitativamente similares. O que as diferencia é sua quantidade de energia e a
diferença em relação à fonte de cada uma. Mas isso já é assunto para outro dia.
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