O
texto A dinâmica da transferência [1912],
foi escrito pouco depois de uma viagem de Freud aos Estados Unidos, quando
proferiu as famosas Cinco lições de
psicanálise, em um momento no qual ele tentava a popularização da Psicanálise
no mundo, inclusive com a criação da IPA – Associação Internacional da
Psicanálise – tendo como primeiro presidente Carl Gustav Jung.
Freud
vê então a necessidade de formalizar de alguma forma a Psicanálise e decide
fazer uma coletânea de artigos que receberá o nome de Artigos sobre técnica. O texto pelo qual iniciamos nossa leitura (A dinâmica da transferência) se encontra
entre esses artigos, apesar de ser um artigo teórico.
Tal
texto se inicia definindo a transferência como algo necessário para o
tratamento psicanalítico e em seguida trata dos primórdios do que poderemos
mais adiante chamar de transferência. Neste início, na própria constituição do
indivíduo, há disposições inatas e algumas influências que o mesmo sofre em sua
infância.
Temos
algo do instintual (e aqui é instinto mesmo) que, junto com as influências que
recebemos na infância vai dizer sobre nosso modo de amar, e esse modo de amar
desembocará então em pré-condições a serem preenchidas; quais pulsões serão
satisfeitas enquanto eu estiver amando, ou seja, o que que se descola do
instinto que eu preciso satisfazer; e também quais as metas dessas pulsões.
É imprescindível que tenhamos aprendido um modo de amar para estabelecermos uma relação com nosso analista. É justamente desse primeiro momento, deste protótipo de vida erótica que iremos nos lançar em nossas relações, inclusive a analítica.
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